sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Jardim do Éden

Escrito por: Augusto Gattone

   -Chegamos! –Disse Jimmy Keller, observando além do trem de pouso, onde o foguete descansava no meio do deserto.  Um vento solitário soprava, e Hugh Bullford disse:
   -Sim, finalmente chegamos. Vamos conhecer Niburu. Mas será que é realmente seguro sair da nave?
   -Bom, não sei- Respondeu Keller- Simplesmente não sei.
O foguete estava aterrissado sobre Niburu. Bullford deu uma conferida no ar e exclamou em tom assombrado:
   -Mas como?..., o ar é bom, como o velho ar da Terra! Perfeitamente respirável.
Então ambos saíram, e foi à vez de Keller se espantar.
   -Será possível, é como a primavera na Terra! Tudo verde, colorido e bonito. Cara, é simplesmente... É o Paraíso!
   Saíram do foguete. As frutas eram exóticas e deliciosas, a temperatura perfeita, tudo maravilhoso... Até agora. Quando à noite caiu, se prepararam para dormir.
   -Vou chamá-lo de “O Jardim do Éden”-Disse Keller estusiasmado.
  Bullford contemplava o fogo.
   -Não sei por que, eu não gosto deste lugar Jimmy. Sinto de alguma forma que algo esta errado aqui. Há algo...maligno por aqui.
   -Você estava feliz no espaço?-Zombou Keller-Agora durma.
Na manhã seguinte James Keller estava morto.
Em seu rosto havia uma grande expressão de horror que Bullford desejara nunca ter visto.
   Depois de enterra-lo Bullford tentou contato com a Terra. Não obteve resposta alguma, o radio estava mudo. Bullford desmontou-o e montou-o novamente, não havia nada de errado com o rádio mas o fato persistia: não funcionava.
   A preocupação de Bulfford foi apenas aumentando mais e mais. Saiu correndo, à paisagem continuava agradável e feliz. Mas Bullford podia notar a pura maldade nela.
   -Você o matou!-Gritou-Eu sei!
De repente o solo se abriu em sua diração, Bullford voltou correndo para á nave, à beira do pânico. Mas antes colheu uma amostra da terra. Analisou às presas e então o terror tomou conta dele. Niburu estava viva.
   De repente a nave espacial se inclinou e caiu. Bullford gritou. Mas a terra se fechou por cima dele, parecendo uma grande boca se fechando.
   Depois  voltou à normalidade, esperando solenemente à próxima vítima...