quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Últimas Palavras de Rusty

Escrito por:Augusto Gattone
 
   O ar no centro de visitantes estava pesado e fedorento, como se algo podre tivesse sido arrastado de sua sepultura.
   Rusty seguia tossindo sangue.Meus olhos observavam a forma torta da sua perna quebrada. O ataque havia sido brutal. Max gemeu em sua jaula. Os olhos de Rusty brilhavam aterrorizados.
   Ele murmurou: "Sr. Wake,aconteceu exatamente como estava escrito na pagina.". Em seu último instante de consciência  Rusty pensou em Rose. Ele era mais velho que ela; Ela mal tinha saído da adolescência,mas o fez se sentir jovem e esquecer o fracasso que havia se tornado seu casamento. Ele ainda usava a aliança. Esperança que ela o pedisse para retirar.
  Agora, nunca mais iria pedir.

Mais um conto de horror.

Escrito por:Augusto Gattone

  A noite havia trazido uma situação desesperadora atras da outra. Eu estava exausto e meu corpo sentia como se tivesse sido mastigado e cuspido.
  A lanterna era pesada em minha mão,apertar o gatilho transferia um doloroso choque para o braço. Mas finalmente havia saído do bosque e a situação parecia estar mais clara,
  Foi quando ouvi a moto-serra.

Departure.

Escrito por:Augusto Gattone
Barry nunca se deu bem com Alice,mas sabia que Alan a amava com uma intensidade que quase dava medo. E agora,algo tinha acontecido à Alice,e ali estava Alan,armado e dizendo coisas que já levaram outras pessoas para um asilo. Era como se seu amigo tivesse passado por uma enorme crise psicótica e agora estava totalmente desconectado da realidade.
Barry estava apavorado.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

"Aqui começa o inferno"

"Andando sozinho pela "estrada mal iluminada" é assim que à chamam.O uivo do lobo é o som,o som da madrugada,sangue podre e morte flutuam pelo ar,um milhão de olhos estão à te espreitar.A estrada nunca acaba é sempre a mesma placa "Bem vindo ao vale das almas penadas".E eu ouvi o estrondo de um trovão,então um milhão de corpos surgiram do chão,o inferno ficou pequeno pois são tantos pecadores,em todos os tempos.E eu vi quatro cavalos amarelos,e os cavaleiros sempre estiveram por perto,o primeiro era a peste,o segundo era a fome,o terceiro era a guerra o último era a morte,e por toda terra é...Aonde começa o inferno,aqui começa o inferno."

"Que Venham os Mortos"

"Mortos ressuscitam,gemidos e uivos o cheiro da morte esta em todo lugar,o silêncio te atordoa e não deixa você pensar,você sente a sua espinha você sente no ar,o medo te consome você reza pra acordar,mas não é um sonho,mais não é um filme B.Corpos ressuscitam,mortos voltam a viver!Corpos voltam a andar,mortos voltam a viver e o desespero toma conta de você,solitários e famintos nada podem os deter hordas de mortos-vivos querem destroçar você.Mais não é um sonho,mais não um filme B,corpos ressuscitam,mortos voltam a viver.Que venham os mortos!"





domingo, 28 de agosto de 2011

Corvos


Escrita por:Augusto Gattone

Eu os ouvi antes mesmo de ve-los,rompendo os céus em alta velocidade e gritando.
Eu me virei quando a nuvem negra surgiu sobre mim.Por um instante,pude ver uma centena de olhos mortos,pérolas negras brilhando na escuridão.Levantei a lanterna e o enxame explodiu como fogos de artifício.Suas plumas ardiam,convertendo-se em cinzas.Meus gritos se perdiam entre os seus.

O Clicker

 O Clicker



Sei que é uma estupidez,mas é que...quando não estou preparada,sabe, isto me afeta muito.-Disse Alice abraçando Alan e apoiou a cabeça em seu peito.Estava escuro pois um Blackout acabará de afetar o bairro inteiro e os dois estavam deitados no sofá abraçados,apenas com a luz do luar iluminando a sala em que os dois se encontravam. Alice se levantou e olhou nos olhos de Alan.
 Eu te amo - Disse Alan olhando para ela e dando lhe um beijo na testa.

Conte-me uma história escritor -Disse Alice encostando a cabeça nos ombros de Alan e imediatamente fechou os olhos
Ok,hããn...- Respondeu Alan - Quando eu era pequeno tinha pesadelos, a escuridão me dava muito medo quando isso se tornou insuportável, minha mãe me deu este interruptor de luz velho. Ela o chamou de clicker.

- Clicker,hein?

- Sim se eu ficasse com medo da escuridão podia clicar o interruptor que uma luz mágica surgia e espantava os monstros.
A claro! -Alice esnobou.

Aqui esta! -Alan pegou um interruptor velho do chão vindo debaixo do sofá.

Alan!- Sorriu Alice apaixonadamente.

Pode ser que sirva para você também - Acolhendo Alice nos braços Alan entregou o interruptor na mão da garota.

Sim bela história senhor escritor.Você acabou de inventar não?!-Alice Sorriu mais uma vez

Não,não é sério! -Alan também sorriu para Alice.

Eu te amo... Mesmo sendo um mentiroso! - Respondeu Alice obrigada por isto!
Os dois se olharam e se beijaram. O vento La fora estava forte, como se estivesse cantando uma terrível melodia. Os dois se amaram a noite toda. Então Alice se sentiu segura e a escuridão não mais lhe amedrontava.


 Escrita por:Augusto gattone

Verme

Eu sou o verme que vai te comer no seu caixão,espero que sua carne seja bem macia para eu não ter nenhuma azia! O seu sangue é tão gostoso vou tomar ele todinho,vai ficar mais saboroso se eu chupar de canudiiiiiinhooooo!



As vezes você se pergunta, Há um paraíso no céu? Por que não podemos consertar isso?

O homem se voltou contra mim.Seu rosto estava coberto pelas sombras.Foi difícil distingui-lo na escuridão da floresta que nos rodeava,mas o machado que ele brandia estava fácil de se ver,brilhava com o sangue de sua vítima.

Ele sorriu loucamente.As sombras estavam vivas deformando suas feições.

Foi uma cena de pesadelo,mais eu estava acordado.

Mausoléu


Mausoléu


Andrew um golpista de primeira chega a sua casa, e bem na frente dá de cara com um estranho à sua espera. O suposto homem estava bem vestido, de terno, gravata, um ótimo penteado, sapatos lustrados e um sorriso enorme estampado no rosto.
“Você não faz ideia de quem sou eu, mas eu lhe conheço bem mais do que você imagina. Meu nome é Julio e sou da policia federal”-disse o homem mostrando seu distintivo.
Andrew ficou congelado dos pés à cabeça, pois sabia que aí tinha problemas, e provavelmente seria preso. Seu último golpe foi surpreendente, ele roubou toda a grana de uma mulher casada depois de seduzi-la e jurar amor eterno. Supostamente estavam planejando em roubar o dinheiro do marido para fugirem, porém Andrew fugiu deixando-a de mãos vazias.
“Qual é o problema?”-Disse Andrew fingindo não estar nervoso.
“Não se preocupe meu senhor, não vim aqui para lhe prender, bem que poderia, pois sei muito bem que você é um golpista de primeira, pois já venho te investigando há algum tempo. Acontece que tenho planejado uma boa aposentadoria e tenho um grande plano que pode tornar os meus e os seus sonhos em realidade”-Respondeu Julio.
“Então ta, vamos entrar, assim você pode me explicar melhor o suposto plano”-Disse Andrew aliviado.
Os dois entraram na casa e Julio começou a explicar passo a passo como seria o plano. Para Andrew, algo muito simples, mas deveria acabar de vez com seus dias de trapaças, pois todo esquema envolvia muita, mas muita grana. Julio falsificaria vários documentos dentro da policia e Andrew seria um suposto bilionário que ia ao banco transferir o dinheiro para o exterior. Se tudo corresse como o planejado eles mandariam o dinheiro para várias contas em diversos países diferentes, assim seria impossível rastrearem, e os dois passariam o resto de suas vidas em férias.
Semanas depois, o momento do golpe chegou. Andrew foi ao banco e seguiu todas as instruções de Julio. Três horas mais tarde a transferência foi realizada com sucesso. Ele saiu do banco muito feliz, pois sua vida iria mudar para sempre. Entrou em seu carro e foi dirigindo em direção ao aeroporto internacional por onde escaparia para a Europa, e assim que pegasse o dinheiro iria decidir-se melhor para onde ir.
Ele parou em um semáforo, onde foi abordado por Julio. Andrew abriu a porta sem entender nada, pois supostamente Julio deveria estar esperando por ele no aeroporto.
“O Esquema já era, te pegaram e estão te procurando por tudo que é lado, você precisa se esconder Andrew, a polícia me mandou atrás de você, e eles estão espalhados pelo aeroporto”-Explicou Julio.
O coração de Andrew quase saiu pela boca, e o medo tomou conta de seu corpo trêmulo.
“Ai meu Deus, não é possível! E agora? Aonde vou me esconder? Eu não tenho para onde ir”-Disse Andrew desesperado.
“Bom comigo é que não vai ser, pois eu não vou em cana por sua culpa. Pensando bem, minha família têm um mausoléu em um pequeno cemitério a umas 4 quadras daqui, se você tiver coragem posso te levar até lá pois tenho a cópia da chave. A tumba da sala principal é grande e você pode ficar escondido quanto tempo for necessário. Isso se você não se importar em passar um tempo com meus familiares já mortos”- Disse Julio com um sorriso sombrio.
Andrew analisou a situação e concluiu que não tinha escolha.
“Acho que não tenho escolha”-Respondeu Andrew.
Eles chegaram ao pequeno cemitério em questão de minutos. Julio levou Andrew até o lugar. Chegando lá, pode ver que o mausoléu era enorme e muito bonito, deveria pertencer a uma família com muito dinheiro, pois um daqueles era muito caro. Julio abriu a porta que dava para a parte de baixo, onde os corpos ficavam armazenados em gavetas. Julio retirou o cadeado e abriu a porta.
“Entra logo! No fim do corredor tem um disjuntor onde você liga a luz, mais tarde voltarei para lhe trazer comida”-Disse Julio.
Então Andrew pegou um farolete que estava no lado da porta e foi entrando. Seu rosto estava muito suado, seu corpo estremecia. Ele não gostava daquele lugar, tinha muito medo, porém não lhe restava outra opção. Quando entrou na pequena sala, olhou para os lados e quando viu as gavetas ficou apavorado, gritou e saiu correndo em direção a porta, pois até a cadeia seria melhor que aquele lugar sombrio. Ele ficou chocado quando olhou para a porta e viu que Julio já não estava mais lá. Perto da saída a porta se fechou com força, e o eco do metal deixou Andrew atordoado por alguns segundos e quando retornou a si começou a socar a porta e chamar por Julio. O terror tinha tomado conta dele até que ele desmaiou.
Horas depois ele acordou do susto. Seu corpo estava dolorido pela queda da escada quando desmaiou. A luz que vinha do farolete agora já estava fraca e quase não iluminava mais. Andrew começou a chorar. Estava com muito medo, muita dor e muita fome. Ficou pensando se seu parceiro Julio iria voltar para ajudá-lo ou iria deixá-lo morrer ali, sozinho naquele lugar tenebroso, e ficar com todo o dinheiro. O ar da sala ficava cada vez mais pesado, ele sentia que não havia muito oxigênio restante. Andrew se levantou com certo sacrifício e começou a olhar as portas das gavetas onde estavam os corpos. Olhava o retrato e o nome. Notou que ali já tinha sido enterrada muita gente e o mausoléu era antigo. Pode notar que duas fotos em duas gavetas eram bem recentes, pois as fotos eram novas, e foi conferir. Seu grito mais uma vez tomou conta do mausoléu, o terror que tinha visto o fez cair no chão. As gavetas estavam com nome de Julio Castler e Jéssica Castler. Jéssica foi a mulher que ele roubou todo aquele dinheiro em seu último bem sucedido golpe e Julio o suposto parceiro. Andrew não imaginava que ela estava morta e ficou confuso. Ele escutou um barulho de papel quando olhou para o chão viu que estava pisando em um pedaço de jornal. Ele pegou o jornal e viu a foto de um casal e acima da foto estava escrito: “Marido mata esposa e se suicida ao saber que foi roubado”. Andrew dá outro grito maior ainda, pois naquele momento sabia que ninguém viria resgatá-lo. O golpista levou o golpe final.

Contos noturnos


Dormindo Sozinha.
Escrito por:Augusto Gattone

Sara acordou com o telefone tocando na sala.Olhou em volta e notou que já era de noite e pensou que estava atrasada,mas olhou no relógio e pode ver que ainda tinha muito tempo para chegar ao trabalho.Levantou-se da cama e foi dar uma olhada se a pessoa que havia  ligado deixou mensagem.Ao sair do quarto viu sua filha Susan desenhando na frente da televisão.
Oi  mamãe­—gritou a menina correndo em direção à mãe.
Susan era uma menina muito amorosa e dedicada,desde que o pai morreu em um terrível acidente no transito,ela  tem tomado conta da mãe da melhor maneiro possível.Apesar de ainda ter apenas 9 anos era muito madura e apesar da vida dura que levava estava sempre de bom humor.
Você atendeu o telefone meu bem ? Quem era ? —perguntou a Susan
Éra a babá,disse que não pode vir hoje,pois esta duente—respondeu a menina.
Sara franziu a testa com um grande ar de preocupação,ela não podia faltar ao trabalho,pois o dinheiro já era pouco e perder um dia de trabalho no bar onde trabalhava significaria mais dividas.
Não tem problema,eu posso ficar sozinha por hoje mãe,alías,o Ozzy esta aqui para me proteger. —disse Susan olhando para o pastor alemão deitado no sofá.
Tem certeza,que ficara bem amor  ? —perguntou sara para a filha.
Tenho sim mãe,não se preocupe—disse Susan com um lindo sorriso inocente estampado no rosto
Tudo bem,qualquer problema você pode me ligar no bar e eu venho para casa correndo —Respondeu a mãe preocupada.
Então Sara foi trabalhar,se despediu de Susan com um beijo e mandou  trancar tudo.Algumas horas mais tarde Susan verificou todas as janelas da casa e viu que uma das janelas do sótão fechava mais não trancava,pois o pino estava quebrado.Não deu importância,trancou a porta do sótão e foi para o quarto deitar se para durmir.
Ela entrou no quarto e chamou Ozzy que veio imediatamente e deitou-se de baixo da cama como sempre fazia.Depois que havia se deitado Susan colocou a mão de baixo da cama para o cachorro lamber.Isso era uma mania noturna que Susan fazia para se sentir segura.
No meio da madrugada Susan acordou com um barulho que de príncipio parecia ser água pingando.O barulho parecia que vinha do banheiro que ficava perto do quarto.Susan ficou amedrontada,pois esse barulho não estava lá quando ela foi dormir.Colocou a mão debaixo da cama e sentiu a lambida do cachorro,sentindo-se mais segura voltou a dormir novamente.
Alguns minutos depois  a garota voltou a acordar com o mesmo barulho e colocou a mão embaixo da cama para o cachorro lamber outra vez,porém não sentiu nada desta vez.
Ozzy ! —sussurou. Ozzy !—sussurou uma vez mais.
O cachorro não respondeu com a lambida.Preocupada e com muito medo ela olhou embaixo da cama e quando viu que estava vazia,seu corpo todo se estremeceu.Por um instante pensou em cobrir a cabeça e ficar ali,mas decidiu ir atrás do seu cachorro.
Decidiu ir primeiro ao banheiro que era de lá que o barulho vinha.Andou lentamente com passos curtos em direção ao banheiro e quando chegou à porta não pode conter o grito de TERROR,pois a imagem era aterrorizante e brutal.O banheiro estava todo ensangüentado,o cachorro pendurado pelo pescoço com a mangueira do chuveiro na parte metálica do Box,seu corpo cortado de uma extremidade a outra e seu sangue pingava no chão.Susan gritou outra vez,mas o grito foi abafado por uma mão enquanto lia no espelho a frase.”Pessoas também lambem”.



Canal 37-Especial de Natal

CANAL 37-
ESPECIAL DE NATAL


Ah, o Natal. Época de renovação, de paz e de compreensão. As pessoas se reúnem para trocar presentes, cantar músicas em harmonia, para descansar e dar risada. Nas igrejas, comemora-se o nascimento do salvador, Jesus Cristo. Para algumas pessoas é a melhor época do ano, repleta de glória e beleza.
 Era 24 de Dezembro quando, na véspera de natal, Neil estava sentado em sua poltrona em seu apartamento medíocre no sexto andar de um prédio medíocre localizado em uma cidade suja e, é claro, medíocre. Mal podia pagar as contas, mas não tinha problemas em permanecer ali – dona Sueli, a síndica, sempre o deixava permanecer de graça. “De graça”, entenda, significa que todas segundas e quintas-feiras Neil fodia a maldita velha, mas não tinha escolha.
 De qualquer forma, ele agora se encontrava sozinho em sua poltrona com o controle remoto em sua mão direita e uma lata de cerveja na outra. Mudava de canal freneticamente, procurando algum canal que não exibisse propagandas de produtos natalinos ou que não estivessem fazendo retrospectivas. O mais perto disso que encontrou foi uma missa, e assistiu ao padre dizer “Irmãos e irmãs, que 2011 seja um ano ainda mais próspero para nossa Igreja! Com o nosso suor iremos expandir a nossa fé e...” Neil desligou a TV.
 Ficou ali, bebendo e olhando para o teto. Não tinha família – seus pais morreram há um bom tempo e seus irmãos o odiavam. Não se sentia triste, pois já havia se esquecido sobre o que era sentir. Porém não agüentou ficar sem fazer nada e ligou a TV novamente. Tinha um enorme impulso por assisti-la, por mais que não gostasse de nenhum dos programas estúpidos de fim de ano. Ficou novamente navegando pelos canais... Crianças cantando... Programas de Caridade... Missas... E um rosto. Ele mudou de canal, voltando rapidamente para aquele.  Não era somente um rosto. Era SEU rosto.
 Estava horrorizado. Era IMPOSSÍVEL que estivesse na televisão – ninguém parecia perceber sua existência, de modo que não apareceria em nenhum programa. Além disso, era como se estivesse olhando para um espelho, embora parecesse a ele que ELE era o reflexo e o que ele via, a realidade.
 Fechou os olhos para se acalmar. Tinha certeza que aquilo era efeito do álcool e que passaria assim que ele esfriasse a cabeça e abrisse os olhos novamente. Contou até cinco e os abriu. A TV ainda estava ligada, mas não havia nada na tela. Ela estava simplesmente preta, como se estivesse desligada. Neil relaxou, deixando-se soltar um suspiro e dando risada que durou apenas alguns segundos.
 Sentiu como se tivesse acabado de cair em um lago congelado ao perceber que uma mão segurava seu ombro com força. Reuniu toda a pouca coragem que tinha para olhar e viu exatamente o que temia. Segurando seu próprio ombro estava ele, de pé e com um horrível sorriso. Ao ver a cara de desespero de Neil, seu clone deu uma gargalha.
 “QUEM É VOCÊ?!” gritou o verdadeiro homem, levantando-se depressa e se colocando de frente para seu outro eu, de modo que ficara de costas para a televisão.
 “Ora, mas que pergunta inconveniente... Eu sou você, Neil. O verdadeiro você. Basta olhar atentamente. Eu sou mais real, e mais perfeito. Sou de uma forma que você, um mero reflexo, jamais poderia ser.”
 “Mentira! Quem é você?!” estava a ponto de molhar as calças... “Como saiu da porra da TV?!”
 “Ousas me chamar de mentiroso? Eu, que sou a única verdade? Nem mesmo os humanos poderiam prever meu poder. O que é Deus, ou mesmo o Diabo, perto de mim? Eu sou algo que você jamais – JAMAIS! – poderá ser. Meu poder se estende pelo mundo como um câncer generalizado e sem cura.”
 “Que porra é essa?! Quem é você e o que quer de mim?! QUEM É VOCÊ?!”
 “Não grite. Você insiste perguntar quem eu sou?” disse o clone, dessa vez começando a se aproximar de Neil lentamente. “Mesmo depois de todos esses anos sentado diante de mim e me cultuando como divindade não pode reconhecer minha face? Pois eu digo que você não é digno de saber meu nome, assim como não é digno de posse da própria vida. Meu caro, a hora chegou.”
 O segundo Neil deu um chute extremamente forte contra o peito do miserável homem, empurrando-o violentamente contra o monitor da TV. Entretanto, ao invés de quebrá-la, percebeu que algo estranho estava acontecendo... Seu corpo se prendeu no lugar onde deveria haver a tela, e ele entalou. Estava com metade de seu corpo DENTRO da televisão.
 Sentiu suas pernas serem puxadas cada vez mais para dentro e deu um grito mórbido de horror... Tentou se segurar nas “bordas” do aparelho, mas não poderia aguentar muito tempo... Gritou para que seu clone o ajudasse, mas este estava sentado na poltrona, rindo de seu sofrimento. Sua visão estava ficando embaçada, e continua a ser puxado... Puxado... Com mais força... Não iria aguentar por muito tempo. Sua mão esquerda se soltara e ele continuava gritando cada vez mais alto... Até que seu corpo cedeu.
 Seu corpo começou a descer enquanto sua visão sumia e ele sentia milhares braços o agarrando e o rasgando. Sua voz sumira e pouco a pouco ele sentia seu corpo se deteriorar. Tentou rezar, mas isso de nada adiantou. Sua existência se ia, e ninguém iria perceber.
 No apartamento, alguém batia à porta. Aquele falso, ou talvez o verdadeiro, Neil abriu a porta, ainda dando altas gargalhadas. À sua frente estava dona Sueli, a velha síndica. Quando ela o desejou feliz natal, ele deu algo que poderia ser um sorriso e a mandou entrar, tocando seu rosto e apagando a luz.
 Uma suave brisa entrava pela janela quando, naquele apartamento medíocre no sexto andar de um prédio medíocre, a TV mostrava uma linda cena onde as pessoas cantavam felizes músicas natalinas.  Entre as pessoas, um homem que parecia cansado e desiludido da vida. Um homem medíocre. 

A força interior


A força interior
Escrita por:Augusto Gattone
Dois garotos de 8 anos estavam brincando em um lago congelado.Os dois eram muito amigos um do outro.De repente um deles acidentalmente caiu no lago congelado.O amigo desesperado e sem ação não pensou duas vezes e pegou uma pedra,começou a bater no gelo com muita força,pois daria á vida se fosse preciso para salvar seu amigo.Após muito esforço ele conseguiu quebrar o gelo e tirar o amigo que já estava quase congelado.Em questão de segundos formou se uma multidão em voltas dos garotos ninguém acreditava que aquele garotinho de 8 anos havia salvado o amigo de uma forma tão incrível.Levaram o garoto para o hospital,e um dos bombeiros perguntou ao pequeno herói :-Garoto como foi que você conseguiu fazer uma coisa dessas ?-O bombeiro estava abismado, pois o gelo que congelava aquele lago era muito espeço nem mesmo com machadadas seria capaz de quebrá-lo tão facilmente. Antes que o garoto pudesse dizer algo saiu um senhor do meio da multidão e disse:-Ele conseguiu,pois não tinha ninguém para dizer que ele era incapaz.

"Nosso medo mais profundo não é de sermos inadequados.Nosso medo mais profundo é que somos poderosos além da medida...Além da medida.Eu vou te mostrar como eu sou grande! Na noite passada eu apaguei a luz do meu quarto,apertei o interruptor e ja estava na cama antes que o quarto ficasse escuro!
Eu vou te mostrar como eu sou grande! Somente na semana passada eu assassinei uma rocha! Feri uma pedra! hospitalizei um tijolo!Eu sou tão mal que faço o remédio ficar doente!"