terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Medo do Escuro

Escrito por:Augusto Gattone

   Um simples conjunto de pensamentos escrito por mim,em uma fria noite, aonde o meu unico cenário éra a escuridão.
 


    Em mais de uma ocasião, eu tentei explicar às pessoas como eu tinha pesadelos e sentia medo do escuro. Para mim, a escuridão não era simplesmente a ausência de luz, mas sim algo mais tangível que isso.
   Era algo que você podia tocar e sentir, ou pior ainda, era alguma coisa que possuía uma mente própria, algo malicioso, assustador mortal e maligno. Para mim, as coisas mudavam quando a escuridão os envolvia tudo se convertia em algo diferente, estranho e fora do normal.
   Ao certo nada estava a salvo ou recuperava sua inocência.
A verdade é que ninguém nunca deu ouvidos as minhas palavras até algum momento. Talvez até o momento em que elas são vitimas das minhas palavras, do que eu tentei avisar. Mas quem se importa com as simples palavras de um louco, que morre de medo do escuro, medo do mundo, todos dão risada de mim.
 Mas os meus piores medos, não são esses, não é medo de dormir e ter um horrível pesadelo, ou medo de apagar as luzes do meu quarto antes de deitar-me, e assistir a escuridão olhando para mim com seus olhos negros de morte.
   Ao certo não sei qual é o meu maior medo, talvez seja saber que lá fora no mundo, todos nós estamos sujeito à maldade que consome as pessoas, pessoas comuns, uma pessoa normal, e até mesmo uma criança inocente.
   Stephen Kings uma vez mencionou em um livro cujo agora não me lembro o titulo de cabeça, que "Os Pesadelos não estão sujeitos à lógica, não tem sentido explicá-los, a explicação é a antítese da poesia do medo".
   Em uma historia de terror, a vítima continua a se perguntar "por que", no entanto não há explicações, não deve haver.
   O mistério sem respostas é o que perdura, o que sempre acabamos recordando.

   Interprete minha historia como um pesadelo ou como algo real, trata-se de uma escolha que você faz.

 Ao certo não me lembro onde eu estava quando despertei, como de fato eu me encontrava atrasado para chegar em algum lugar, parecia que era um farol. Eu estava sozinho, no meu carro e infelizmente avistei o caroneiro tarde demais. Só fui ver quando os estilhaços do vidro do meu carro se partiram em milhões de pedaços e o meu carro derrapou brutalmente. O homem voou alguns metros à frente e parecia estar morto, minha cabeça estava doendo e sangrando.
   Por um segundo eu pensei em sair daquele lugar, pois sabia que se a policia chegasse naquele local naquele exato momento eu iria ser preso por atropelar um pobre-homem que estava apenas pedindo carona. Sai do carro, lá fora estava nevando, não dava para enxergar quase nada, se não fosse pelos faróis do carro, com certeza eu nunca teria saído daquele maldito carro.
   O vento era tão forte lá fora que parecia arrancar a pele fora. Eu não gostava daquele lugar e nem da escuridão que me rodeava, parecia que ela estava viva, me observando solenemente e eu podia ver a pura maldade nela. Andei lentamente até aonde eu tinha visto o corpo do caroneiro.
   Porém quando cheguei no local, os faróis do meu carro se apagaram, e o corpo do caroneiro não estava mais lá. O medo me consumiu pouco a pouco, eu não conseguia me mexer, estava com frio, quando eu voltei à realidade, fui para o carro o mais rápido possível. Entrei e girei a chave no contato, o carro ligou e eu pisei no acelerador.
   Que diabos eu tinha acabado de presenciar? Impossível aquele maldito homem ter sobrevivido. E por incrível que pareça eu estava suando frio naquele exato momento, estava prestes a surtar, queria acordar, pois sabia que aquilo era um pesadelo, era uma cena de pesadelo, mas eu não estava dormindo e sabia disso pois continuava acordado.         Estava correndo no meio a escuridão, a neve estava mais forte e de repente a alguns metros de distancia, na frente do meu carro, o homem reaparece agora em uma forma um tanto fantasmagórica, e em uma tentativa sem sucesso eu virei o volante do meu carro, que começa a rodar e rodar, quando me dei conta pude perceber que estava gritando desesperadamente o tempo todo, até o carro atingir fatalmente uma arvore e me deixar entre a vida e a morte. Senti o mundo acabar, sabia que naquele momento estava morrendo, e o que dizem sobre a morte realmente é verdade, toda aquela coisa de ver uma luz brilhante no fundo do túnel, eu realmente vi esse luz, e vi minha vida toda passando diante dos meus olhos.
    A última coisa de que eu me lembro antes de apagar, foi olhar para o espelho retrovisor e ver sentado no banco traseiro do meu carro, aquele caroneiro, com um chapéu cobrindo os olhos, uma jaqueta preta e um sorriso hediondo estampado no rosto, um sorriso prazeroso, por acabar de arrancar mais uma vida inocente.
   Quando eu acordei estava em uma maca, não sei ao certo o porquê eu estou aqui nesse lugar cheio de gente malucas. Acho que eu estou em um hospício, é o que dizem algumas pessoas por ai. Também ouvi alguns homens de branco dizer que eu era um lunático e esquizofrênico paranóico.
   Não sei o que quiseram dizer, porém antes deles saírem do meu quarto, fui obrigado a pedir que não desligassem a luz, pois até aquele momento continuava tendo muito medo do escuro.
   E se você estiver lendo isso, significa que eu já estou morto, isso tudo já aconteceu há algum tempo atrás, depois disso tudo acontecer, algumas pessoas brincaram com a minha cabeça, fizeram alguns jogos e me deixaram confuso.
   Foi assim por muitos anos, até me levarem para o corredor da morte, culpado por atropelar um senhor de idade que procurava carona durante uma noite fria de inverno. E hoje, onde eu estou eu não tenho mais medo da escuridão, por que a escuridão não existe, é apenas a ausência de luz, o mal não existe é apenas a ausência da bondade, enfim, nada seria perfeito se não existisse uma versão ruim de cada coisa.
    E minha versão ruim esteve comigo o tempo todo enquanto eu estive na terra, eu podia sentir a escuridão brotando dentro de mim, como uma idéia maléfica crescendo em minha mente, consumindo a minha bondade, ou apenas o que restava dela, dia após dia, isso me consumia, a escuridão estava em mim, foi assim comigo e é assim com muitas pessoas, isso nunca vai mudar. Siga a luz, pois a escuridão destrói. “Não tenha medo de enfrentá-la, só assim você poderá derrotá-la e se livrar do pecado.”

   O frio existe? Na verdade o frio não existe, o que nós consideramos frio é na realidade ausência de calor. É a mesma coisa com a escuridão, a luz nós podemos estudar, mas não a escuridão, portanto o mal não existe, é a mesma coisa da escuridão e do frio. Deus não criou o mal, ele é apenas o resultado do que acontece quando um homem não tem Luz o suficiente presente em seu coração.

#FIM#

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O fim e o Começo

    Escrito por: Augusto Gattone

   Antes de começar a ler, quero dizer que esta foi a minha primeira historia, antes havia escrito apenas alguns contos. Sempre gostei de escrever, mas tenho um pequeno bloqueio que às vezes me prejudica, e então dia 7 de Dezembro de 2011, véspera de natal, eu acordei as nove e 30 da manhã e não tinha o que fazer. Comecei a escrever esta historia por brincadeira, algo que eu havia sonhado na noite passada, não ia publicar, porém ficou melhor do que eu imaginava. Uma historia que fala sobre morte, arrependimentos, perdão, enfim. Boa leitura e obrigado a você que esta lendo agora. E acreditem existe muito além da morte.
                                                                                                                            
   *Noite fria de inverno 1981

   Michael um detetive triste com a vida, angustiado, cheio de arrependimentos e excêntrico, acaba de acordar de um sonho um pouco inquietante, mas pode perceber logo de cara que algo esta errado com ele, muito errado. Michael não se lembra de nada, esta perdido em um abismo de escuridão, não existe nada naquele lugar, apenas ausência de luz total. Sua cabeça esta doendo, e ele esta sangrando.
   Com um grande esforço Michael se levanta e de repente sente seu estômago se revirar, o mundo parece se inclinar diante de seus olhos e então ele cai de joelhos.
   -O que é isso? Onde eu estou?-Michael diz silenciosamente enquanto massageia levemente as têmporas que dói bastante- Se eu pudesse me lembrar de algo, mas esta tudo tão confuso- Então algo chama a atenção dele, uma luz, vindo de um lugar distante, uma luz forte parecendo à luz do sol numa tarde de verão, ou talvez a luz do sol iluminando uma escura noite de inverno. Nesse momento ele se levanta e começa a caminhar, parece que algo transmitiu uma pequena força o suficiente para manter ele de pé. 
   Uma voz começa a sussurrar em seu subconsciente, uma voz que algum dia Michael ouvira em algum lugar, porém naquele momento não se lembrava de nada, nem ao menos conseguia ouvir o que a voz dizia, parecia alguém pedindo alguma coisa, ajuda talvez? Ninguém sabia.

   -Vamos Mike, você consegue-A voz ficou cada vez mais nítida e agora ele podia ouvi-la perfeitamente, e cada palavra que soava no meio a escuridão, as feridas de Michael se regenerava pouco a pouco e ele se sentia cada vez melhor. Michael começou a correr em direção à luz, o solo se inclinou Michael apagou novamente e quando acordou já não estava naquele maldito lugar escuro, estava em um lugar muito distante da luz, um lugar sombrio, uma estrada, que parecia ser infinita. Por um segundo sentiu que deveria voltar para trás e entrar naquele lugar novamente, mas seu instinto não deixou, ele estava curioso e amedrontado ao mesmo tempo, estava atrás de respostas, e sabia que qualquer lugar seria melhor do que a escuridão.
   Começou a caminhar lentamente pela estrada mal iluminada, o uivo do lobo era o som, o som da madrugada, sangue podre e morte flutuavam pelo ar. Conforme ele caminhava, podia sentir um milhão de olhos lhe observarem silenciosamente, olhos negros carregados de maldade. Michael viu aquela estranha luz novamente, estava mais distante dessa vez, tudo sumiu ao seu redor a não ser a estrada e os pequenos olhos, no fim da estrada estava à luz novamente aguardando-o solenemente, e de alguma forma ele sabia que deveria alcançá-la, seu instinto sabia disso.
   Michael andava, mas parecia nunca sair do mesmo lugar, como se estivesse andando em círculos, começou a acelerar o andar, e atrás dele sentia que alguém o acompanhava, andando conforme ele andava, correndo conforme ele corria e parando conforme ele parava. Como uma sombra
   -Ta legal já chega!-Michael se virou, porém deu de cara com a escuridão, nada além de escuridão, ficou boquiaberto, o que quer que estivesse ali segundos atrás, não era daquele mundo. Alguma coisa estava seguindo Michael. Ele ficou parado por alguns segundos e quando se virou estava lá, na frente dele, parado como um zumbi a menos de um metro de distância, segurando um machado nas mãos, uma pessoa, com rosto cadavérico, profundas olheiras e um sorriso demoníaco estampado no rosto.
   Michael deu um grito e caiu no chão, foi recuando cada vez mais, a criatura se aproximando lentamente com o machado levantado na mão. Michael pode perceber que a criatura não mexia os pés, apenas se movia lentamente sem fazer um movimento sequer nas pernas, uma cena assustadora. Então a criatura ergueu a mão o mais alto possível, prestes a atacar, Michael se preparou para o pior, fechou os olhos prontos para morrer, pois sabia que não havia saída e viu sua vida toda como um Flashback passar lentamente, desde o inicio até o último instante, e então centímetros antes do machado o atingir fatalmente na cabeça Michael se lembrou da família, a esposa Katie, as filhas Susan e Jane, seu pai Martin sua mãe Katharine, lembrou de tudo, cada momento com cada um deles. Pediu desculpas pelos seus pecados, se arrependeu de deixar as coisas para depois, estava arrependido de muita coisa, muitos erros que cometera na estrada da vida, muitas decisões difíceis que teve que tomar, lembrou do rosto de todos os assassinos, psicopatas, estupradores que havia matado durante sua longa carreira de 16 anos na policia, porém queria viver mais, para corrigir os erros passados, lutava contra a morte e lutaria quantas vezes fosse necessária para pelo menos uma vez mais ver a luz do sol junto à sua família, lágrimas estava escorrendo de seus olhos, sentiu saudades do mundo, dos amigos e de tudo que rodeava seu dia-dia . 
   E então segundos antes do machado atingir sua cabeça surge àquela misteriosa voz novamente, vinda do além.
   -Amor, querido agüente firme, fica comigo amor, fica comigo, o que houve com você? Volte para mim volte para nós, eu sinto tanto a sua falta. -E tudo fica preto novamente, aquela cena desaparece e Michael novamente cai no abismo de escuridão.
    Parece que ele esta no inicio novamente, quando acordou e estava perdido na escuridão é a mesma cena, porém ele esta mais forte, não esta ferido, sua cabeça esta doendo menos e ele esta mais confiante do que nunca que o fim de tudo aquilo esta mais próxima do imaginável.

   Enquanto isso no hospital de L.A, uma moça chamada Katie segura à mão de seu marido que se encontra em coma profundo a mais de 13 semanas após um grave acidente de trabalho que resultou em um forte trauma no seu cérebro.
   -Talvez minha senhora, sinto dizer, mas seu marido nunca saia do coma, o dano no cérebro dele foi muito forte, ainda existem fragmentos de bala alojados-Afirma o experiente D.Harper enquanto examina cuidadosamente o resultado do Raio-X do cérebro de Michael -Mas milagrosamente o cérebro dele parece estar se regenerando pouco à pouco, e tenho que afirmar que nunca vi nada igual antes, enfim, ele é um homem forte, ninguém agüentaria passar pelo que ele passou por tanto tempo assim. Bom o dever me chama. Até mais tarde - Harper ergueu a mão se despedindo de Katie que apenas sorriu angustiada e voltou a fixar profundamente o olhar para Michael.

   O que é a morte? O fim ou o inicio da vida? Poucos sabem, mas para Michael a resposta estava mais próximo do que ele poderia imaginar. O nascimento é o inicio; repensar atitudes é o inicio; pedir desculpas é o inicio; morrer como se nunca tivesse vivido, é o fim; a morte.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O Piano



Escrito por: Augusto Gattone

   Descendo lentamente pelas escadas de madeira em direção ao porão, o pequeno Kurt fazia força para enxergar algo naquela escuridão.
O antigo piano tocava, podendo ser ouvido do quarto de Kurt, que perturbado e meio amedrontado, foi ver quem estava tocando às 4 da manhã. Odiando quem estava lá, foi arrastando os pés, de pijama, com os olhos quase fechados, mas cada vez mais próximo ao porão de onde vinha o som, seu coração parecia acelerar a cada passo.
   Estaria ele se aventurando pelo desconhecido humano?
   Algo vindo de outro mundo tocando o piano no orfanato de Paradise Falls? Assombrando-o? Estaria ali um fantasma ou quem sabe aquele maldito piano estaria tocando sozinho: Suas teclas afundando apenas ao toque do ar?
   Ele preparava-se para a surpresa ao pé da escadaria.
   A música não cessava, e agora ele podia ouvir nitidamente.
Ergueu a mão para puxar a cordinha da lâmpada sobre sua cabeça.
A luz, mesmo sendo mínima, iluminou todo aposento, revelando o pai de Kurt na frente do velho piano, que parou de tocá-lo instantaneamente.
   - Ora, me desculpe Kurt, papai te acordou?-Perguntou ele virando-se para encarar o filho - Prometo tocar mais baixo, agora volte para cama, afinal já esta tarde não? E você precisa dormir daqui a algumas horas vou te acordar para darmos uma volta que tal?
O filho sorriu, porém não disse uma palavra, apenas correu em direção ao topo da escadaria.
   - Espere. Desligue a lâmpada para o pai antes de ir.
Kurt desligou e voltou a correr pelos degraus.
   O garoto não fazia noção de que seu pai voltara a tocar piano, agora, com um sorriso hediondo no canto da boca, seus olhos tornando-se cada vez mais negros como a escuridão que o cercava, e sua pele cada vez mais pálida em contato com o escuro.
   

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Jardim do Éden

Escrito por: Augusto Gattone

   -Chegamos! –Disse Jimmy Keller, observando além do trem de pouso, onde o foguete descansava no meio do deserto.  Um vento solitário soprava, e Hugh Bullford disse:
   -Sim, finalmente chegamos. Vamos conhecer Niburu. Mas será que é realmente seguro sair da nave?
   -Bom, não sei- Respondeu Keller- Simplesmente não sei.
O foguete estava aterrissado sobre Niburu. Bullford deu uma conferida no ar e exclamou em tom assombrado:
   -Mas como?..., o ar é bom, como o velho ar da Terra! Perfeitamente respirável.
Então ambos saíram, e foi à vez de Keller se espantar.
   -Será possível, é como a primavera na Terra! Tudo verde, colorido e bonito. Cara, é simplesmente... É o Paraíso!
   Saíram do foguete. As frutas eram exóticas e deliciosas, a temperatura perfeita, tudo maravilhoso... Até agora. Quando à noite caiu, se prepararam para dormir.
   -Vou chamá-lo de “O Jardim do Éden”-Disse Keller estusiasmado.
  Bullford contemplava o fogo.
   -Não sei por que, eu não gosto deste lugar Jimmy. Sinto de alguma forma que algo esta errado aqui. Há algo...maligno por aqui.
   -Você estava feliz no espaço?-Zombou Keller-Agora durma.
Na manhã seguinte James Keller estava morto.
Em seu rosto havia uma grande expressão de horror que Bullford desejara nunca ter visto.
   Depois de enterra-lo Bullford tentou contato com a Terra. Não obteve resposta alguma, o radio estava mudo. Bullford desmontou-o e montou-o novamente, não havia nada de errado com o rádio mas o fato persistia: não funcionava.
   A preocupação de Bulfford foi apenas aumentando mais e mais. Saiu correndo, à paisagem continuava agradável e feliz. Mas Bullford podia notar a pura maldade nela.
   -Você o matou!-Gritou-Eu sei!
De repente o solo se abriu em sua diração, Bullford voltou correndo para á nave, à beira do pânico. Mas antes colheu uma amostra da terra. Analisou às presas e então o terror tomou conta dele. Niburu estava viva.
   De repente a nave espacial se inclinou e caiu. Bullford gritou. Mas a terra se fechou por cima dele, parecendo uma grande boca se fechando.
   Depois  voltou à normalidade, esperando solenemente à próxima vítima...

domingo, 23 de outubro de 2011

Terra

Escrito por:Augusto gattone   

   Todos nós estávamos ansiosos para a passagem daquele incrível astro celestial.  Jovens, idosos, crianças, pessoas de todas as idades, esperando pelo espetáculo incomparável.
Então lá pelas 23:00 um grito emocionado ecoou no meio à multidão:
   -olhem, lá esta ele, olhem todos!!!
   E então percorrendo sua órbita, o magnífico cometa cruzava os céus claros daquela vazia noite fria, deixando de rastro um tom azul metálico nos céus. Era algo tão belo, solene,  que muitos choravam.
   Naquele momento o planeta todo parou para visualizar aquele magnífico fenômeno.
Aquela luz radiante era algo tão diferente,  e ele era surpreendentemente enorme. Cruzava os céus, imponente, dono de uma grandiosa realeza absoluta.
   -É, agora ele só voltará daqui a 75 anos.
   -Então, ele só voltará  em 4022?
   -Sim meu filho, e você com certeza já será um velhinho quando ele voltar.
   -De onde é que ele vem papai?
   -O cometa?
   -Sim.
   -Era um planeta lindo, magnífico. Era azul visto do espaço. E há mais ou menos 2000 anos uma maquina aceleradora de partículas, chamada LHC foi ligada e o fez arder imediatamente e sair de sua órbita original.
   Afinal os cientistas daquele planeta não eram tão brilhantes assim. Não passavam de sonhadores.

sábado, 22 de outubro de 2011

A Casa

Escrito por:Augusto Gattone
 
   Ouvi gritos vindos da cozinha. Passos em seguida na densa escuridão da noite. Mais gritos e uma grande correria, enquanto eu apenas tentava dormir. 
   Fiquei apavorada, com medo de algo acontecer comigo. Senti uma dor,  porém nada demais, eu só queria ficar calma enquanto os gritos e toda aquela correria, não me deixavam em paz. Um grito estridente vindo da sala, um grito de morte e logo depois pude ver alguém correndo para fora, em direção à rua, segurava uma faca nas mãos. 
   Pelos barulhos,  alguém se arrastava na sala, fazia grunhido e tentava manter-se vivo. Houve um silencio por alguns instantes e logo eu pude ouvir alguém desabar no chão do corredor: morto.
   Por toda a noite fiquei envolto por muitas luzes de viaturas, e policias que entravam e saiam de mim a todo o momento, dizendo que dentro de mim, da casa, havia acontecido um homicídio.
   Infelizmente não pude fazer nada...

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O Estranho Sem Nome

Escrito por:Augusto Gattone


   Walter Black estava rindo.
Riu até a hora em que a mandíbula começou a doer e a garrafa de uísque barato que segurava entre as mãos caiu sobre o chão.
   Policiais tolos! Havia sido tão fácil. Agora Walter tinha cinqüenta notas das grandes em seus bolsos. Se o guarda havia morrido, não foi culpa de Walter, o guarda cavou o próprio tumulo, assinou sua própria sentença de morte desde o momento em que decidiu confrontar Walter.
   Rindo, Walter Black levou novamente a garrafa até os lábios. Foi quando ele escutou alguns passos precipitados vindo da escada que levava ao sótão onde ele havia se escondido.
Pegou seu revolver. A porta se abriu lentamente, e Walter viu a silhueta de alguém. O estranho vestia uma jaqueta negra e um chapéu cobrindo os olhos.
   - Oi, olá! – disse – Walter... Venho lhe observando.  De fato você me agradou muito, sabia?- O Estranho riu loucamente, naquele momento Walter estava horrorizado.
   - Quem diabos é você? -Perguntou Walter-O Estranho riu novamente.
   -Você me conhece. Eu te conheço. Fizemos um pacto a mais ou menos uma hora atrás, para ser mais exato... No momento em que você disparou naquele guarda.
   -Largue-me! Largue-me!-Gritou Walter, enquanto O Estranho segurava forte o seu braço.
   -Chegou sua hora, Walter, é hora de vir comigo- Disse o estranho com um ar solene-Além do mais, existe um longo caminho para percorrermos.
   O Estranho tirou a jaqueta e o chapéu. Walter contemplou aquele Rosto. Gritou. Walter Black gritou, e gritou e gritou.
   Mas o Estranho apenas riu, e em um instante, o cômodo estava silencioso, e completamente vazio, deixando no ar apenas um fortíssimo cheiro de enxofre.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Sem saida

Escrito por: Augusto Gattone

 “O que estou fazendo aqui?”, perguntei de repente para mim mesmo. Eu estava terrivelmente assustado. Não conseguia me lembrar de nada, porém ali estava eu, trabalhando na linha de montagem de uma Unidade Central Atômica. Tudo que eu sabia era que me chamava Scott Philips. É estranho, como se eu acabasse de acordar de um sonho agradável. O lugar estava bem vigiado, os guardas estavam por toda à parte, armados com rifles. Havia outros trabalhadores e pareciam zumbis. Pareciam prisioneiros.
 Mas não importava pra mim, eu precisava descobrir quem era eu, e que diabos eu estava fazendo ali, morto ou vivo, eu tinha que escapar!
Comecei a cruzar o andar, quando um dos guardas gritou:
-VOLTE AQUI!
Comecei a correr sem direção, me joguei em cima de um guarda, que caiu e rolou escada à baixo.
Ouvi vários disparos, estavam disparando contra mim. Mas aquele pensamento persistia em meu subconsciente: Tenho que escapar!
Havia um novo grupo de guardas bloqueando o grande portão de saída. Parecia que estavam meio atrapalhados diante de tal situação, até que eu vi uma corrente que vinha do teto balançando. Segurei nela e em um salto fui projetado cem metros à frente até que aterrizei. Mas não tive sucesso, havia um guarda ali, e ele logo disparou. Tudo girou, e foi ficando escuro... Apaguei e cai em um grande abismo na escuridão...
  
     Um dos guardas tirou o boné e coçou a cabeça.
      -Não sei não, Cole. A tecnologia e o progresso são um grande passo diante da humanidade. Mas estes E-102 Scott Philips,são ótimos robôs, mas de vês em quando se desorientam e parece que estão procurando algo, quase humano. Oh está bem!
    Passou um grande caminhão que na lateral estava escrito: REPARAÇÃO DE ROBÔS A.C.M.E.
    Duas semanas se passaram, Scott Philips estava de novo no trabalho, com um grande vazio no olhar. Mas de repente...
    Seus olhos despertaram, e o persistente pensamento voltou a ele: TENHO QUE ESCAPAR!!!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Luar

Escrito por:Augusto gattone  

  O radiante brilho da lua cheia refletia nos grandes olhos da pequena coruja, que apaixonadamente observava da toca, que se encontrava na copa de uma grande arvore.
   Seus pais haviam saído atrás de caça, deixando-a responsável pelos irmãos mais novos. Porém lá estava à coruja, encantada com a luz do luar que brilhava no meio à densa escuridão. Se ao menos soubesse voar, se lançaria nas correntes de vácuo e voaria até a lua, que a aguardava solenemente. Mas de fato era muito nova, e suas frágeis asas não agüentariam o peso de seu corpo franzino.

    A tristeza tomou conta da pobre coruja e ela lançou um pio melancólico ao luar. Como resposta a lua rutilo com mais força, lhe trazendo fortes raios que tocavam em suas penas fazendo-as brilhar numa brancura etérea. Seu coração acelerou, pulsado com mais força e o desejo de alcançar a lua começou a lhe arder no peito até que ela não agüentou. Abriu suas longas asas e jogou-se no vácuo á sua frente.
  
   Voou por dois segundos e com a leveza de uma pedra caiu na escuridão. Suas asas batiam desesperadamente, tentando manter-se no ar, mas ela não conseguia controlar seu corpo. A velocidade em que seu corpo caia aumentava cada vez mais em direção ao solo, e durante o caminho acertava e batia em vários galhos fazendo-a quicar de um lado para o outro,impossibilitando o bater das asas.

   O medo consumia seu corpo enquanto o solo ficava cada vez mais perto. Seria seu fim,ela sentiu isso. Em um ato de desespero suas garras cravaram-se ao redor do galho mais próximo de onde caia e com um forte tranco ela parou, agora pendurada de cabeça para baixo. Com o coração disparado ela piava gritando por socorro e devagar começou a abrir os olhos e quando os abriu olhou para baixo.

  Foi então que a viu.

   Lá embaixo, na superfície lisa de um lago muito bonito, ela pôde ver. Seu brilho tão magnífico irradiava energia, sua forma arredondada manifestava uma grande beleza no ar e uma sensação de serenidade, fazendo o coração da pequena coruja pouco a pouco desacelerar. O medo havia sumido dando lugar à paixão
   
   Tão bela, a lua descera lá do alto dos céus para que ela, no ápice de sua fraqueza, pudesse descer e alcançá-la. Emocionada com tamanha bondade a corujinha tornou a abrir as asas e lançou-se num mergulho de encontro á luz.

   Desceu em alta velocidade e quando tocou a água ela se afagou na alegria de enfim, alcançar a lua.

Condenação Brutal

Escrito por:Augusto Gattone

   Um pequeno conto,escrito em apenas 5 minutos. Se trata apenas de um conjunto de pensamentos simples, de alguém que esta sendo condenado pelo Diabo.
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CONDENAÇÃO

   Deitado sobre uma cama, largado no meio de uma obscura floresta, eu posso ver e sentir tudo. De alguma forma consigo escutar o choro dos mortais, a agonia da humanidade é horrível. O maior de todos os tormentos possíveis.
  
   Meu nome?-Eu não sei.
 
   O que eu sou?-Um condenado talvez.
 
   O que eu fiz?-Fiz todo tipo de maldade possível, roubei e matei.

  Neste momento meu torturador ri de mim. Este demônio, cujo rosto representa o puro ódio, me observará por toda a eternidade.
  Não há saída. Dizem que Deus é piedoso, benevolente. Mas ele me jogou nos tribunais de seu Ark-Rival. E aqui estou eu, condenado a uma viagem para o infinito, tudo isto escutando e observando toda à maldade que os Mortais cometem.

  Este é meu castigo eterno,meu peso. Qual será o seu?

-FIM-

sábado, 24 de setembro de 2011

Além do Nevoeiro

Escrito por:Augusto Gattone

   Quando Stewart saiu correndo, o nevoeiro imediatamente engoliu sua casa e logo ele não conseguia distinguir nada mais do que um manto branco a sua volta. Em segundos lhe veio um estranho sentimento, como se Stewart  fosse o último homem em toda face da terra,seu estomago revirou e de repente Stewart se sentiu tonto. Sentiu se como uma pessoa em um elevador em queda-livre. Stewart havia desmaiado e quando acordou se encontrava em um lugar desconhecido. Levantou-se com um pouco de dificuldade e começou a caminhar sobre a densa névoa que aos poucos desaparecia ao seu redor. Quando o nevoeiro começou a clarear conforme caminhava para frente e com a luz que vinha do céu, os olhos de Stewart arregalaram-se por causa do medo, do temor e de toda aquela maravilha diante de seus olhos. Stewart estava no meio de uma cidade, mas ele sabia que a única cidade perto de sua casa se encontrava a mais de 50 quilômetros! E Stewart nunca havia visto uma cidade como aquela: Elegantes edifícios de grandes altitudes pareciam querer arranhar os céus, as pessoas se locomoviam rapidamente em carros, mas Stewart não tinha idéia do que era um então ficou confuso e não sabia para onde ir, estava desesperado. Em cima de um grande edifício, em um outdoor Stewart leu: “17 de abril de 2027”. Stewart havia caminhado para o futuro, mas como? De repente sentiu o medo tomar conta do seu corpo tremulo, sentiu se horrível terrivelmente assustado. Ele não pertencia à aquele lugar, não podia ficar ali, correu de volta para o nevoeiro em retirada, um policial que usava um estranho uniforme gritou enfurecido. Por pouco Stewart não é atropelado por um enorme “Objeto de Metal” que na verdade era um caminhão que passava em alta velocidade pelas ruas da metrópole. Quando entrou no nevoeiro novamente tudo se esfumaçou, então aquela sensação voltou àquela maldita estranha sensação de queda...Depois o nevoeiro começou a ficar distante e distante...parecia ser seu lar...De repente ouviu um grito estridente, olhou em volta e viu um enorme Brontossauro pré-histórico que corria em sua direção, havia um desejo de matar em seus pequenos olhos vermelho cor de sangue. Aterrorizado Stewart correu novamente para o nevoeiro...
   Da próxima vez que você ver um nevoeiro em sua volta e escutar passos precipitados saindo de seu interior...Chame-o. Pode ser Stewart Jacobs, viajante do tempo, tentando encontrar a saída do Nevoeiro...Ajude este pobre homem.

domingo, 18 de setembro de 2011

O plano

Escrito por:Augusto Gattone

   A historia que havia escrito no chalé se tornou realidade. Tocado pela presença escura, eu tinha escrito uma historia de terror, mas o final ainda estava faltando. A historia estava incompleta. A ultima pagina do manuscrito, ainda sem terminar, estava na maquina de escrever do chalé.
   Se pudesse retornar e ler a pagina, poderia escrever meu final para a historia e assim salvar Alice.

Prisioneira Das Trevas

Escrita por:Augusto Gattone

    Alice gritou até não ter mais um pingo de voz. Ao seu redor, a escuridão estava viva. Era fria, úmida, malévola e infinita. Ela era uma prisioneira, presa no lugar escuro.
   O terror podia haver-lhe consumido a mente, mas uma coisa alimentava sua enperança: Podia sentir Alan,em algum lugar na escuridão. Podia ouvi-lo, ver as palavras que escrevia, como sombras reluzentes e fortes.
   Ele também à sentia e tentava chegar até ela por todos os meios.

sábado, 10 de setembro de 2011

Vampira 5000

Éla vem junto com o vento,com seus cabelos negros,suas presas reluzindo,ja não temos mais tempo.Quero sentir o seu corpo vampira,seus dentes no meu pescoço.Ela é uma benção,e uma maldição,caminho certo para a destruição,o seu olhar congela o meu coração.Nossos sangues se encontram,as trevas nos esperam,sei que não pertenço mais ao mundo dos mortais.Quero estar sempre ao seu lado vampira.Quero ser o seu escravo,vampira quero morrer nos seus braços.Sombrancelhas inclinadas,em uma bela face palida,vários túmulos violados,o mundo em pedaços,você veio do espaço vampira,quero morrer nos seus braços vampira.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Vingança

A vingança é o estimulo mais antigo,é o que faz querer o sangue do inimigo.É um ódio no olhar e a vontade de matar,é uma divida que se tem que cobrar.É um tormento que consome a mente é um lugar onde ninguém é inocente.É quando o sangue ferve e a alma fica doente,é olho por olho e dente por dente.

sábado, 3 de setembro de 2011

Pacientes

 Escrito por:Augusto Gattone

A tempestade se enfurecia enquanto os irmãos Anderson se afastavam da clinica, junto ao resto dos pacientes. Sabiam que desta vez não retornariam. A escuridão que os rodeava fervia de horrores, mas Tor e Odin não tinham medo.
  Seus olhos brilhavam com astucia.Conheciam todos os caminhos secretos e havia sangue em suas mãos. Ja haviam lutado contra essas sombras.

O mistério da Semana Perdida

Escrito por:Augusto Gattone
 
  De novo, os gritos de Alice ressoaram no silencio da noite. Me vi correndo em direção ao chalé com a lanterna na mão.
  Seguia meu próprio passado. Era como um observador extracorpóreo, um viajante do tempo num sonho de embriaguez e loucura. Era o começo, a noite em que Alice desapareceu.
  O mistério dos acontecimentos durante a semana perdida estava a ponto de ser revelado.

os Irmãos Anderson

Escrito por:Augusto Gattone

 E 1976. A loucura reina na granja Anderson. Contrario a qualquer logica, o ingrediente mais embriagador de seu licor caseiro é a água não filtrada de Cauldron Lake.
  Os Anderson se sentiam como deuses. Odin não podia parar de rir. Pensou em arrancar um olho. Tor corri nu pelo campo,gritando,com o martelo na mão,tentando atrair o relampago.
  Suas canções eram potentes. Algo antigo se agitava nas profundezas, querendo regressar.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

In Beautiful Dreams-Simples conto de um sonhador.

Escrito por:Augusto Gattone  

  Uma criatura colorida,todos o chamam de "sandman" vem ao meu quarto andando na ponta dos pés todas as noites,vem me trazer o brilho do luar e das estrelas e assim sussurrar "Vá dormir querido, está tudo bem".
   Então fecho meus olhos e voo para bem distante e sonho.Na noite mágica,eu digo bem baixinho uma prece silenciosa como os sonhadores fazem.Então eu durmo para sonhar...Sonhar com você.Nos sonhos,eu caminho de mãos dadas com você,nos sonhos contamos segredos um para o outro,nos sonhos você é minha,é minha o tempo todo.Estamos juntos nos sonhos,nos sonhos.
   Mas antes do sol nascer eu acordo e vejo que tudo se foi.Não posso resistir,não posso deixar de chorar,as lagrimas escorrem pelo meu rosto quando me lembro que você disse adeus.É tão doloroso que essas coisas só possam acontecer em meus sonhos.Só nos meus sonhos.In Beautiful Dreams.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Últimas Palavras de Rusty

Escrito por:Augusto Gattone
 
   O ar no centro de visitantes estava pesado e fedorento, como se algo podre tivesse sido arrastado de sua sepultura.
   Rusty seguia tossindo sangue.Meus olhos observavam a forma torta da sua perna quebrada. O ataque havia sido brutal. Max gemeu em sua jaula. Os olhos de Rusty brilhavam aterrorizados.
   Ele murmurou: "Sr. Wake,aconteceu exatamente como estava escrito na pagina.". Em seu último instante de consciência  Rusty pensou em Rose. Ele era mais velho que ela; Ela mal tinha saído da adolescência,mas o fez se sentir jovem e esquecer o fracasso que havia se tornado seu casamento. Ele ainda usava a aliança. Esperança que ela o pedisse para retirar.
  Agora, nunca mais iria pedir.

Mais um conto de horror.

Escrito por:Augusto Gattone

  A noite havia trazido uma situação desesperadora atras da outra. Eu estava exausto e meu corpo sentia como se tivesse sido mastigado e cuspido.
  A lanterna era pesada em minha mão,apertar o gatilho transferia um doloroso choque para o braço. Mas finalmente havia saído do bosque e a situação parecia estar mais clara,
  Foi quando ouvi a moto-serra.

Departure.

Escrito por:Augusto Gattone
Barry nunca se deu bem com Alice,mas sabia que Alan a amava com uma intensidade que quase dava medo. E agora,algo tinha acontecido à Alice,e ali estava Alan,armado e dizendo coisas que já levaram outras pessoas para um asilo. Era como se seu amigo tivesse passado por uma enorme crise psicótica e agora estava totalmente desconectado da realidade.
Barry estava apavorado.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

"Aqui começa o inferno"

"Andando sozinho pela "estrada mal iluminada" é assim que à chamam.O uivo do lobo é o som,o som da madrugada,sangue podre e morte flutuam pelo ar,um milhão de olhos estão à te espreitar.A estrada nunca acaba é sempre a mesma placa "Bem vindo ao vale das almas penadas".E eu ouvi o estrondo de um trovão,então um milhão de corpos surgiram do chão,o inferno ficou pequeno pois são tantos pecadores,em todos os tempos.E eu vi quatro cavalos amarelos,e os cavaleiros sempre estiveram por perto,o primeiro era a peste,o segundo era a fome,o terceiro era a guerra o último era a morte,e por toda terra é...Aonde começa o inferno,aqui começa o inferno."

"Que Venham os Mortos"

"Mortos ressuscitam,gemidos e uivos o cheiro da morte esta em todo lugar,o silêncio te atordoa e não deixa você pensar,você sente a sua espinha você sente no ar,o medo te consome você reza pra acordar,mas não é um sonho,mais não é um filme B.Corpos ressuscitam,mortos voltam a viver!Corpos voltam a andar,mortos voltam a viver e o desespero toma conta de você,solitários e famintos nada podem os deter hordas de mortos-vivos querem destroçar você.Mais não é um sonho,mais não um filme B,corpos ressuscitam,mortos voltam a viver.Que venham os mortos!"





domingo, 28 de agosto de 2011

Corvos


Escrita por:Augusto Gattone

Eu os ouvi antes mesmo de ve-los,rompendo os céus em alta velocidade e gritando.
Eu me virei quando a nuvem negra surgiu sobre mim.Por um instante,pude ver uma centena de olhos mortos,pérolas negras brilhando na escuridão.Levantei a lanterna e o enxame explodiu como fogos de artifício.Suas plumas ardiam,convertendo-se em cinzas.Meus gritos se perdiam entre os seus.

O Clicker

 O Clicker



Sei que é uma estupidez,mas é que...quando não estou preparada,sabe, isto me afeta muito.-Disse Alice abraçando Alan e apoiou a cabeça em seu peito.Estava escuro pois um Blackout acabará de afetar o bairro inteiro e os dois estavam deitados no sofá abraçados,apenas com a luz do luar iluminando a sala em que os dois se encontravam. Alice se levantou e olhou nos olhos de Alan.
 Eu te amo - Disse Alan olhando para ela e dando lhe um beijo na testa.

Conte-me uma história escritor -Disse Alice encostando a cabeça nos ombros de Alan e imediatamente fechou os olhos
Ok,hããn...- Respondeu Alan - Quando eu era pequeno tinha pesadelos, a escuridão me dava muito medo quando isso se tornou insuportável, minha mãe me deu este interruptor de luz velho. Ela o chamou de clicker.

- Clicker,hein?

- Sim se eu ficasse com medo da escuridão podia clicar o interruptor que uma luz mágica surgia e espantava os monstros.
A claro! -Alice esnobou.

Aqui esta! -Alan pegou um interruptor velho do chão vindo debaixo do sofá.

Alan!- Sorriu Alice apaixonadamente.

Pode ser que sirva para você também - Acolhendo Alice nos braços Alan entregou o interruptor na mão da garota.

Sim bela história senhor escritor.Você acabou de inventar não?!-Alice Sorriu mais uma vez

Não,não é sério! -Alan também sorriu para Alice.

Eu te amo... Mesmo sendo um mentiroso! - Respondeu Alice obrigada por isto!
Os dois se olharam e se beijaram. O vento La fora estava forte, como se estivesse cantando uma terrível melodia. Os dois se amaram a noite toda. Então Alice se sentiu segura e a escuridão não mais lhe amedrontava.


 Escrita por:Augusto gattone

Verme

Eu sou o verme que vai te comer no seu caixão,espero que sua carne seja bem macia para eu não ter nenhuma azia! O seu sangue é tão gostoso vou tomar ele todinho,vai ficar mais saboroso se eu chupar de canudiiiiiinhooooo!



As vezes você se pergunta, Há um paraíso no céu? Por que não podemos consertar isso?

O homem se voltou contra mim.Seu rosto estava coberto pelas sombras.Foi difícil distingui-lo na escuridão da floresta que nos rodeava,mas o machado que ele brandia estava fácil de se ver,brilhava com o sangue de sua vítima.

Ele sorriu loucamente.As sombras estavam vivas deformando suas feições.

Foi uma cena de pesadelo,mais eu estava acordado.

Mausoléu


Mausoléu


Andrew um golpista de primeira chega a sua casa, e bem na frente dá de cara com um estranho à sua espera. O suposto homem estava bem vestido, de terno, gravata, um ótimo penteado, sapatos lustrados e um sorriso enorme estampado no rosto.
“Você não faz ideia de quem sou eu, mas eu lhe conheço bem mais do que você imagina. Meu nome é Julio e sou da policia federal”-disse o homem mostrando seu distintivo.
Andrew ficou congelado dos pés à cabeça, pois sabia que aí tinha problemas, e provavelmente seria preso. Seu último golpe foi surpreendente, ele roubou toda a grana de uma mulher casada depois de seduzi-la e jurar amor eterno. Supostamente estavam planejando em roubar o dinheiro do marido para fugirem, porém Andrew fugiu deixando-a de mãos vazias.
“Qual é o problema?”-Disse Andrew fingindo não estar nervoso.
“Não se preocupe meu senhor, não vim aqui para lhe prender, bem que poderia, pois sei muito bem que você é um golpista de primeira, pois já venho te investigando há algum tempo. Acontece que tenho planejado uma boa aposentadoria e tenho um grande plano que pode tornar os meus e os seus sonhos em realidade”-Respondeu Julio.
“Então ta, vamos entrar, assim você pode me explicar melhor o suposto plano”-Disse Andrew aliviado.
Os dois entraram na casa e Julio começou a explicar passo a passo como seria o plano. Para Andrew, algo muito simples, mas deveria acabar de vez com seus dias de trapaças, pois todo esquema envolvia muita, mas muita grana. Julio falsificaria vários documentos dentro da policia e Andrew seria um suposto bilionário que ia ao banco transferir o dinheiro para o exterior. Se tudo corresse como o planejado eles mandariam o dinheiro para várias contas em diversos países diferentes, assim seria impossível rastrearem, e os dois passariam o resto de suas vidas em férias.
Semanas depois, o momento do golpe chegou. Andrew foi ao banco e seguiu todas as instruções de Julio. Três horas mais tarde a transferência foi realizada com sucesso. Ele saiu do banco muito feliz, pois sua vida iria mudar para sempre. Entrou em seu carro e foi dirigindo em direção ao aeroporto internacional por onde escaparia para a Europa, e assim que pegasse o dinheiro iria decidir-se melhor para onde ir.
Ele parou em um semáforo, onde foi abordado por Julio. Andrew abriu a porta sem entender nada, pois supostamente Julio deveria estar esperando por ele no aeroporto.
“O Esquema já era, te pegaram e estão te procurando por tudo que é lado, você precisa se esconder Andrew, a polícia me mandou atrás de você, e eles estão espalhados pelo aeroporto”-Explicou Julio.
O coração de Andrew quase saiu pela boca, e o medo tomou conta de seu corpo trêmulo.
“Ai meu Deus, não é possível! E agora? Aonde vou me esconder? Eu não tenho para onde ir”-Disse Andrew desesperado.
“Bom comigo é que não vai ser, pois eu não vou em cana por sua culpa. Pensando bem, minha família têm um mausoléu em um pequeno cemitério a umas 4 quadras daqui, se você tiver coragem posso te levar até lá pois tenho a cópia da chave. A tumba da sala principal é grande e você pode ficar escondido quanto tempo for necessário. Isso se você não se importar em passar um tempo com meus familiares já mortos”- Disse Julio com um sorriso sombrio.
Andrew analisou a situação e concluiu que não tinha escolha.
“Acho que não tenho escolha”-Respondeu Andrew.
Eles chegaram ao pequeno cemitério em questão de minutos. Julio levou Andrew até o lugar. Chegando lá, pode ver que o mausoléu era enorme e muito bonito, deveria pertencer a uma família com muito dinheiro, pois um daqueles era muito caro. Julio abriu a porta que dava para a parte de baixo, onde os corpos ficavam armazenados em gavetas. Julio retirou o cadeado e abriu a porta.
“Entra logo! No fim do corredor tem um disjuntor onde você liga a luz, mais tarde voltarei para lhe trazer comida”-Disse Julio.
Então Andrew pegou um farolete que estava no lado da porta e foi entrando. Seu rosto estava muito suado, seu corpo estremecia. Ele não gostava daquele lugar, tinha muito medo, porém não lhe restava outra opção. Quando entrou na pequena sala, olhou para os lados e quando viu as gavetas ficou apavorado, gritou e saiu correndo em direção a porta, pois até a cadeia seria melhor que aquele lugar sombrio. Ele ficou chocado quando olhou para a porta e viu que Julio já não estava mais lá. Perto da saída a porta se fechou com força, e o eco do metal deixou Andrew atordoado por alguns segundos e quando retornou a si começou a socar a porta e chamar por Julio. O terror tinha tomado conta dele até que ele desmaiou.
Horas depois ele acordou do susto. Seu corpo estava dolorido pela queda da escada quando desmaiou. A luz que vinha do farolete agora já estava fraca e quase não iluminava mais. Andrew começou a chorar. Estava com muito medo, muita dor e muita fome. Ficou pensando se seu parceiro Julio iria voltar para ajudá-lo ou iria deixá-lo morrer ali, sozinho naquele lugar tenebroso, e ficar com todo o dinheiro. O ar da sala ficava cada vez mais pesado, ele sentia que não havia muito oxigênio restante. Andrew se levantou com certo sacrifício e começou a olhar as portas das gavetas onde estavam os corpos. Olhava o retrato e o nome. Notou que ali já tinha sido enterrada muita gente e o mausoléu era antigo. Pode notar que duas fotos em duas gavetas eram bem recentes, pois as fotos eram novas, e foi conferir. Seu grito mais uma vez tomou conta do mausoléu, o terror que tinha visto o fez cair no chão. As gavetas estavam com nome de Julio Castler e Jéssica Castler. Jéssica foi a mulher que ele roubou todo aquele dinheiro em seu último bem sucedido golpe e Julio o suposto parceiro. Andrew não imaginava que ela estava morta e ficou confuso. Ele escutou um barulho de papel quando olhou para o chão viu que estava pisando em um pedaço de jornal. Ele pegou o jornal e viu a foto de um casal e acima da foto estava escrito: “Marido mata esposa e se suicida ao saber que foi roubado”. Andrew dá outro grito maior ainda, pois naquele momento sabia que ninguém viria resgatá-lo. O golpista levou o golpe final.

Contos noturnos


Dormindo Sozinha.
Escrito por:Augusto Gattone

Sara acordou com o telefone tocando na sala.Olhou em volta e notou que já era de noite e pensou que estava atrasada,mas olhou no relógio e pode ver que ainda tinha muito tempo para chegar ao trabalho.Levantou-se da cama e foi dar uma olhada se a pessoa que havia  ligado deixou mensagem.Ao sair do quarto viu sua filha Susan desenhando na frente da televisão.
Oi  mamãe­—gritou a menina correndo em direção à mãe.
Susan era uma menina muito amorosa e dedicada,desde que o pai morreu em um terrível acidente no transito,ela  tem tomado conta da mãe da melhor maneiro possível.Apesar de ainda ter apenas 9 anos era muito madura e apesar da vida dura que levava estava sempre de bom humor.
Você atendeu o telefone meu bem ? Quem era ? —perguntou a Susan
Éra a babá,disse que não pode vir hoje,pois esta duente—respondeu a menina.
Sara franziu a testa com um grande ar de preocupação,ela não podia faltar ao trabalho,pois o dinheiro já era pouco e perder um dia de trabalho no bar onde trabalhava significaria mais dividas.
Não tem problema,eu posso ficar sozinha por hoje mãe,alías,o Ozzy esta aqui para me proteger. —disse Susan olhando para o pastor alemão deitado no sofá.
Tem certeza,que ficara bem amor  ? —perguntou sara para a filha.
Tenho sim mãe,não se preocupe—disse Susan com um lindo sorriso inocente estampado no rosto
Tudo bem,qualquer problema você pode me ligar no bar e eu venho para casa correndo —Respondeu a mãe preocupada.
Então Sara foi trabalhar,se despediu de Susan com um beijo e mandou  trancar tudo.Algumas horas mais tarde Susan verificou todas as janelas da casa e viu que uma das janelas do sótão fechava mais não trancava,pois o pino estava quebrado.Não deu importância,trancou a porta do sótão e foi para o quarto deitar se para durmir.
Ela entrou no quarto e chamou Ozzy que veio imediatamente e deitou-se de baixo da cama como sempre fazia.Depois que havia se deitado Susan colocou a mão de baixo da cama para o cachorro lamber.Isso era uma mania noturna que Susan fazia para se sentir segura.
No meio da madrugada Susan acordou com um barulho que de príncipio parecia ser água pingando.O barulho parecia que vinha do banheiro que ficava perto do quarto.Susan ficou amedrontada,pois esse barulho não estava lá quando ela foi dormir.Colocou a mão debaixo da cama e sentiu a lambida do cachorro,sentindo-se mais segura voltou a dormir novamente.
Alguns minutos depois  a garota voltou a acordar com o mesmo barulho e colocou a mão embaixo da cama para o cachorro lamber outra vez,porém não sentiu nada desta vez.
Ozzy ! —sussurou. Ozzy !—sussurou uma vez mais.
O cachorro não respondeu com a lambida.Preocupada e com muito medo ela olhou embaixo da cama e quando viu que estava vazia,seu corpo todo se estremeceu.Por um instante pensou em cobrir a cabeça e ficar ali,mas decidiu ir atrás do seu cachorro.
Decidiu ir primeiro ao banheiro que era de lá que o barulho vinha.Andou lentamente com passos curtos em direção ao banheiro e quando chegou à porta não pode conter o grito de TERROR,pois a imagem era aterrorizante e brutal.O banheiro estava todo ensangüentado,o cachorro pendurado pelo pescoço com a mangueira do chuveiro na parte metálica do Box,seu corpo cortado de uma extremidade a outra e seu sangue pingava no chão.Susan gritou outra vez,mas o grito foi abafado por uma mão enquanto lia no espelho a frase.”Pessoas também lambem”.



Canal 37-Especial de Natal

CANAL 37-
ESPECIAL DE NATAL


Ah, o Natal. Época de renovação, de paz e de compreensão. As pessoas se reúnem para trocar presentes, cantar músicas em harmonia, para descansar e dar risada. Nas igrejas, comemora-se o nascimento do salvador, Jesus Cristo. Para algumas pessoas é a melhor época do ano, repleta de glória e beleza.
 Era 24 de Dezembro quando, na véspera de natal, Neil estava sentado em sua poltrona em seu apartamento medíocre no sexto andar de um prédio medíocre localizado em uma cidade suja e, é claro, medíocre. Mal podia pagar as contas, mas não tinha problemas em permanecer ali – dona Sueli, a síndica, sempre o deixava permanecer de graça. “De graça”, entenda, significa que todas segundas e quintas-feiras Neil fodia a maldita velha, mas não tinha escolha.
 De qualquer forma, ele agora se encontrava sozinho em sua poltrona com o controle remoto em sua mão direita e uma lata de cerveja na outra. Mudava de canal freneticamente, procurando algum canal que não exibisse propagandas de produtos natalinos ou que não estivessem fazendo retrospectivas. O mais perto disso que encontrou foi uma missa, e assistiu ao padre dizer “Irmãos e irmãs, que 2011 seja um ano ainda mais próspero para nossa Igreja! Com o nosso suor iremos expandir a nossa fé e...” Neil desligou a TV.
 Ficou ali, bebendo e olhando para o teto. Não tinha família – seus pais morreram há um bom tempo e seus irmãos o odiavam. Não se sentia triste, pois já havia se esquecido sobre o que era sentir. Porém não agüentou ficar sem fazer nada e ligou a TV novamente. Tinha um enorme impulso por assisti-la, por mais que não gostasse de nenhum dos programas estúpidos de fim de ano. Ficou novamente navegando pelos canais... Crianças cantando... Programas de Caridade... Missas... E um rosto. Ele mudou de canal, voltando rapidamente para aquele.  Não era somente um rosto. Era SEU rosto.
 Estava horrorizado. Era IMPOSSÍVEL que estivesse na televisão – ninguém parecia perceber sua existência, de modo que não apareceria em nenhum programa. Além disso, era como se estivesse olhando para um espelho, embora parecesse a ele que ELE era o reflexo e o que ele via, a realidade.
 Fechou os olhos para se acalmar. Tinha certeza que aquilo era efeito do álcool e que passaria assim que ele esfriasse a cabeça e abrisse os olhos novamente. Contou até cinco e os abriu. A TV ainda estava ligada, mas não havia nada na tela. Ela estava simplesmente preta, como se estivesse desligada. Neil relaxou, deixando-se soltar um suspiro e dando risada que durou apenas alguns segundos.
 Sentiu como se tivesse acabado de cair em um lago congelado ao perceber que uma mão segurava seu ombro com força. Reuniu toda a pouca coragem que tinha para olhar e viu exatamente o que temia. Segurando seu próprio ombro estava ele, de pé e com um horrível sorriso. Ao ver a cara de desespero de Neil, seu clone deu uma gargalha.
 “QUEM É VOCÊ?!” gritou o verdadeiro homem, levantando-se depressa e se colocando de frente para seu outro eu, de modo que ficara de costas para a televisão.
 “Ora, mas que pergunta inconveniente... Eu sou você, Neil. O verdadeiro você. Basta olhar atentamente. Eu sou mais real, e mais perfeito. Sou de uma forma que você, um mero reflexo, jamais poderia ser.”
 “Mentira! Quem é você?!” estava a ponto de molhar as calças... “Como saiu da porra da TV?!”
 “Ousas me chamar de mentiroso? Eu, que sou a única verdade? Nem mesmo os humanos poderiam prever meu poder. O que é Deus, ou mesmo o Diabo, perto de mim? Eu sou algo que você jamais – JAMAIS! – poderá ser. Meu poder se estende pelo mundo como um câncer generalizado e sem cura.”
 “Que porra é essa?! Quem é você e o que quer de mim?! QUEM É VOCÊ?!”
 “Não grite. Você insiste perguntar quem eu sou?” disse o clone, dessa vez começando a se aproximar de Neil lentamente. “Mesmo depois de todos esses anos sentado diante de mim e me cultuando como divindade não pode reconhecer minha face? Pois eu digo que você não é digno de saber meu nome, assim como não é digno de posse da própria vida. Meu caro, a hora chegou.”
 O segundo Neil deu um chute extremamente forte contra o peito do miserável homem, empurrando-o violentamente contra o monitor da TV. Entretanto, ao invés de quebrá-la, percebeu que algo estranho estava acontecendo... Seu corpo se prendeu no lugar onde deveria haver a tela, e ele entalou. Estava com metade de seu corpo DENTRO da televisão.
 Sentiu suas pernas serem puxadas cada vez mais para dentro e deu um grito mórbido de horror... Tentou se segurar nas “bordas” do aparelho, mas não poderia aguentar muito tempo... Gritou para que seu clone o ajudasse, mas este estava sentado na poltrona, rindo de seu sofrimento. Sua visão estava ficando embaçada, e continua a ser puxado... Puxado... Com mais força... Não iria aguentar por muito tempo. Sua mão esquerda se soltara e ele continuava gritando cada vez mais alto... Até que seu corpo cedeu.
 Seu corpo começou a descer enquanto sua visão sumia e ele sentia milhares braços o agarrando e o rasgando. Sua voz sumira e pouco a pouco ele sentia seu corpo se deteriorar. Tentou rezar, mas isso de nada adiantou. Sua existência se ia, e ninguém iria perceber.
 No apartamento, alguém batia à porta. Aquele falso, ou talvez o verdadeiro, Neil abriu a porta, ainda dando altas gargalhadas. À sua frente estava dona Sueli, a velha síndica. Quando ela o desejou feliz natal, ele deu algo que poderia ser um sorriso e a mandou entrar, tocando seu rosto e apagando a luz.
 Uma suave brisa entrava pela janela quando, naquele apartamento medíocre no sexto andar de um prédio medíocre, a TV mostrava uma linda cena onde as pessoas cantavam felizes músicas natalinas.  Entre as pessoas, um homem que parecia cansado e desiludido da vida. Um homem medíocre. 

A força interior


A força interior
Escrita por:Augusto Gattone
Dois garotos de 8 anos estavam brincando em um lago congelado.Os dois eram muito amigos um do outro.De repente um deles acidentalmente caiu no lago congelado.O amigo desesperado e sem ação não pensou duas vezes e pegou uma pedra,começou a bater no gelo com muita força,pois daria á vida se fosse preciso para salvar seu amigo.Após muito esforço ele conseguiu quebrar o gelo e tirar o amigo que já estava quase congelado.Em questão de segundos formou se uma multidão em voltas dos garotos ninguém acreditava que aquele garotinho de 8 anos havia salvado o amigo de uma forma tão incrível.Levaram o garoto para o hospital,e um dos bombeiros perguntou ao pequeno herói :-Garoto como foi que você conseguiu fazer uma coisa dessas ?-O bombeiro estava abismado, pois o gelo que congelava aquele lago era muito espeço nem mesmo com machadadas seria capaz de quebrá-lo tão facilmente. Antes que o garoto pudesse dizer algo saiu um senhor do meio da multidão e disse:-Ele conseguiu,pois não tinha ninguém para dizer que ele era incapaz.

"Nosso medo mais profundo não é de sermos inadequados.Nosso medo mais profundo é que somos poderosos além da medida...Além da medida.Eu vou te mostrar como eu sou grande! Na noite passada eu apaguei a luz do meu quarto,apertei o interruptor e ja estava na cama antes que o quarto ficasse escuro!
Eu vou te mostrar como eu sou grande! Somente na semana passada eu assassinei uma rocha! Feri uma pedra! hospitalizei um tijolo!Eu sou tão mal que faço o remédio ficar doente!"